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domingo, 16 de março de 2008
Interpol em BH



Belo Horizonte é uma cidade sem tradição em shows internacionais, correto? Quem foi no Chevrolet Hall nesse último sabado pode discordar disso. Nem mesmo a chuva (tradicional inimiga dos eventos, quase num empate técnico com o conservadorismo mineiro) desanimou o público que (surpreendentemente) apareceu em grande número. Claro que não temos como comparar com o público de Sampa ou Rio, mas já é um começo (principalmente para uma banda que não é tão conhecida). E um incentivo para que a tal casa de shows próxima ao BH SHOPPING realmente saia do papel. Sair de BH para ver shows internacionais é um saco e isso tem que mudar! Estou (um pouco) otimista com o futuro, já que com a Copa do Mundo de 2014 no país, vamos ter várias mudanças na cidade, entre elas a criação do metrô que vai ligar a Pampulha até a Savassi, a criação de mais uma linha e a extensão da original. Potencial para crescer culturalmente, BH tem de sobra. Só falta a infra-estrutura.
Exatamente às 22h, o Pato Fu entrou no palco. Antes da primeira música, a vocalista Fernanda Takai explicou a situação: "Por um desacordo entre as duas produções, vamos fazer nossa apresentação com todas as luzes acesas. Nós sentimos muito, mas vamos fazer com que este momento seja muito especial". Com a habitual perícia, a banda despejou algumas canções do último disco e clássicos como "Perdendo Dentes" , "Eu" e a versão de "Ando Meio Desligado" dos Mutantes.
O baixista Ricardo Koctus, como sempre, foi um show à parte com suas danças e expressões. Para quem nunca conferiu a apresentação do Pato Fu, não sabem o que estão perdendo. Vi os dois, três últimos shows e sempre foram contagiantes. Uma excelente banda e escolha para a abertura do Interpol.
Depois de apresentações na Via Funchal (SP) e na Fundição (RJ), o quarteto americano desembarcou em BH para o encerramento da turnê brasileira. Havia muito suspense para saber como seria o comportamento da banda no palco, já que eles tem a fama de serem extremamente quietos e sérios. Mas pelo menos no show de ontem, isso não aconteceu.



Iniciaram a apresentação com "Pioneer to the Falls", primeira faixa do último trabalho da banda: "Our Love to Admire". Já na primeira nota da guitarra de Daniel Kessler, deu para sentir o que seria o show do Interpol. A riff hipnotizante da música foi preenchendo o Chevrolet, enquanto todo mundo fazia coro com o vocalista Paul Banks. Logo depois foi a vez da clássica "Obstacle 1", um dos melhores momentos da apresentação.



Durante todo o show, foi possível observar as expressões do guitarrista e do vocalista. O primeiro estava super empolgado, fazendo inclusive números de sapateado rock n'roll com seu "dancing shoes". Uma das performances mais legais que conferi nos últimos tempos. Já Paul Banks cantava com os olhos fechados. O cara canta com a alma. E tem toda aquela pose de "Deus grego" que ajuda bastante no jeito dele. A essência da música, a arte do Interpol, está tudo depositado no talento do vocalista. Ele prende a sua atenção, você consegue prestar atenção até mesmo na respiração do sujeito. Incrível. No outro canto estava o baixista Carlos Dengler, que fumava sem parar. Foram vários cigarros durante o show e foi a primeira vez que vi alguém tocando com o cigarro na boca e não achei extremamente ridículo. Parecia que o cigarrinho fazia parte do visual do Carlos, que com certeza, saiu de algum filme do Tim Burton. O baterista Sam Fogarino fez o básico dele e não tenho muito a comentar.



O Interpol é uma daquelas bandas que é boa em estúdio, mas que ao vivo chega a beirar o absurdo. O show é super ensaiado, tudo é programado e não existem erros. Cada pausa é planejada, cada olhar e atitude. Sei que falando assim soa meio mecânico e tira a graça da coisa, mas no mundo musical de hoje, não existe mais espaço para (muita) improvisação. Todas as músicas tem o seu valor e importância no repertório e não tenho palavras para falar sobre a força que elas ganharam na noite de sabado. Até mesmo "Lighthouse", que é uma canção que eu quase não ouvia, ganhou status de melhor música do show. Ainda não encontrei um vídeo que msotrasse exatamente o que rolou nessa música, mas foi um momento único. O momento em que a gente olha para o lado e diz: "Puta que o pariu! Que show foda!". Não rolou mosh, não rolou baderna organizada, foi apenas a melhor observação sonora do ano (e bateu de com força os shows do TIM FESTIVAL). Excelente show e quem não foi, se fodeu!

Set List



ps: este post é dedicado para a Magui, Bella, Guilherme, Anderson, Leticia, Alexandra, Marília, AnaPaulaPicão e conterrâneos, Karen, Bia e especialmente para a Xuxa!
ps2: agradecimento ao Gere e à Magui pelas fotos

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por Tullio Dias, às 09:32


9 comentários:
Blogger Karen disse...

que lindo, cara! o show daqui foi deveras sensacional também, ficar na grade com o Daniel quase caindo em cima de mim foi uma experiência única! hahaha
além dele ter dado tchauzinho pra mim e o Sam ter me apontado com a baqueta.
aliás, como assim não tem nada pra comentar do Sam? o cara, DE LONGE, é o melhor músico da banda! e desses grupos indies por aí, com certeza absoluta, é o melhor e o mais criativo.

17 de março de 2008 às 10:43  



Blogger Tullio Dias disse...

uhnm, eu acho que o baixista é o mais foda dos indies. Mas o baterista não tem algo além, saca? Me lembra o Larry Mullen Jr do U2... não sei por que...
Ele é muito técnico, beat perfeito, pegada legal, mas não me chamou tanta a atenção quanto os outros integrantes!
hahahaha, mas... ah
na banda... eu acho o Banks como o melhor. O jeito que ele canta... caramba!

17 de março de 2008 às 10:47  



Anonymous Anônimo disse...

aí!, disse q ia descobrir antes q vc me falasse!

foi foda mesmo. to besta ate hoje e nao consigo dizer nada.
e "quem nao foi se fodeu" foi sacanagem, maaaass... hahahaha

17 de março de 2008 às 19:03  



Anonymous Anônimo disse...

Ah, pelas minhas experiencias com Interpol, acho que ficaria um pouco perdida nesse show... claro que seria uma boa oportunidade de virar uma super fã, mas é isso aí...

Se o Muse viesse, a história seria diferente...

17 de março de 2008 às 19:33  



Blogger Karen disse...

você num viu nada demais nele porque ele não apontou a baqueta pra você, Tullio! HAHAHAHA

17 de março de 2008 às 21:22  



Blogger Tullio Dias disse...

hahahahaha

se ele tivesse apontado a baqueta p mim, eu acharia estranho! hahahaha
sei lá qual a idéia subliminar por trás desse ato!!

18 de março de 2008 às 05:36  



Blogger magui disse...

ai que chique!
post dedicado pra EU!
disse *TUDO*
aameei o post.

digo e repEto. tivemos aula gratuita de *como ser arrogante* e eu achei bom. e eu repEto tambem que o Carlos é o *Sweeney Todd*. E o cigarrinho foi a coisa mais CHARMOSA DO MUNDO, depois do Marcelo Camelo de óculos, é claro.

Casa de shows PERTO DO BH SHOPPING, o cacete! o taxi do chevrolet ate lá em casa deu quase *20* imagina lá daquele fim de mundo até o meu fim de mundo. aí sim, fudeu.

Mas *toca aqui* porque FOI FODA e a gente tava lá.

beijo procê, seu gordo.

18 de março de 2008 às 05:39  



Blogger mademoiselle M. disse...

ahhhhhhhh!!!
que lindo isso *-*!!!
porra cara! tu escreve muito bem!

parabéns! realmente conseguiu expor bemmmmmmm o show!
aaaaaaaaa... obrigada pela dedicatória!

p.s.:achei teu blog na cagada...hehehe
muito bom mesmo...
add favoritos.

23 de março de 2008 às 16:18  



Blogger Tullio Dias disse...

;D
que bom que curtiu!!! valeu!! \o/

24 de março de 2008 às 20:13  



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