Até que ponto pode ir a inovação de uma banda? Quando é que as referências atuais precisam ser dosadas até que os musicos envolvidos percebam que algumas coisas não devem ser mudadas? O Metallica percebeu isso no seu disco "St. Anger", que veio recheado de influências de bandas de new metal e sem solos de guitarra. Sim. O Metallica sem solos! É meio inacreditável pensar nisso, mas foi o que aconteceu. Não que o disco tenha sido muito ruim, mas foi uma fase de experimentação e transição da banda, que havia dispensado o baixista Jason Newsted antes do começo das gravações.
Quando o excelente Robert Trujillo ocupou os graves da banda, o disco já estava pronto e não houve qualquer colaboração nas músicas novas. Até que o Metallica entrou em estúdio no ano passado e iniciou o processo de criação de novas músicas, resgatando a essência da banda. O resultado já pode ser conferido em "Death Magnetic", que há apenas 10 dias de seu lançamento nas lojas, acabou de sair na internet. Lars Ulrich, baterista, comentou a notícia e disse estar feliz, já que nos dias de hoje é praticamente impossível pensar que um disco tão importante não apareça na internet antes de seu lançamento e que isso só aconteceu faltando poucos dias para o lançamento oficial, o que não irá afetar nas vendas.
Com produção do famoso Rick Rubin, já no primeiro single "The Day That Never Comes" dá para sentir que o Metallica aprendeu a lição de St. Anger e parte para o abraço apertado com a fase antiga. Ouça com atenção, mas com moderação para não deslocar o pescoço! Destaque para as faixas: *That Was Just Your Life (a bateria puxa o melhor que St. Anger tinha e joga de encontro aos solos e riffs agressivos das guitarras) * Broken, Beaten & Scared * Cyanide (aposto que será o próximo single... muito boa essa riff, swingada demais... foda!) * The Unforgiven III (...arrepiante) * Suicide & Redemption (das mais legais do disco e com a riff de baixo mais destacada até agora, primeira audição...) * My Apocalypse (Encerrando o disco com chave de ouro)