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Molejo - Samba
Diferente
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Que belo horizonte!

O amigo e parceiro V! (de vingança, vinagre, vagem... etc) é um grande fã do trabalho da Adriana Calcanhotto e assim como qualquer apreciador da boa música brasileira, eu o sou também. Mesmo não ouvindo os discos e ficando apenas no album "Perfil", a voz e o talento da Calcanhotto me deixam extasiado. O mesmo tanto que a Flávia deve ter ficado acompanhando o show que rolou há duas semanas no Palácio das Artes em Belo Horizonte, mesmo palco do já comentado show do Marcelo Camelo. Confiram!



"Logo quando soube do show de sua nova turnê, Maré, em Belo Horizonte, corri em busca de ingressos. Sabia que o tempo era curto, e as poltronas boas também. 50$, tudo bem, para vê-la a 3 fileiras de distância era um preço MUITO em conta. Depois de ingresso comprado, só restou a ansiedade. O cd novo, Maré, segundo de um trilogia de canções sobre o mar, impressiona do princípio ao fim. Músicas bem trabalhadas e arranjadas, letras maravilhosas e a impecável voz de Adriana Calcanhotto não me desmentem.

Um público variado é o que vejo assim que entro no Palácio das Artes. Apreensão e ansiedade no ar, entramos, sentamos e aguardamos silenciosamente. No palco, uma concha enorme e um fundo marinho confirma o climão de mar em Maré. A banda entra, e tocam o que seria uma representação perfeita de uma praia. Fecho os olhos e sinto a brisa marinha, o cheiro da maresia. E então a belíssima Adriana entra, vestida com um manto vermelho, uma concha no ouvido. A respiração lá dentro é única. Ela deixa a concha no chão, pega o violão, olha pro público, olha pra banda, e... Maré. Uma versão mais animada e trabalhada do que a do cd, antecedendo Três, minha favorita do disco novo. Uma explosão de palmas e gritos de "Linda", "Maravilhosa" e etc enchem o Palácio e ela, simpatissíssima, cumprimenta o público:
"Boa noite Belo Horizonte. Boa noite Belo Horizonte! Como é bom falar BOA NOITE BELO HORIZONTE. É um prazer estar aqui, depois de tanto tempo. Vocês devem se perguntar se eu falo isso em todas as cidades, e sim, eu falo. Mas aqui é diferente, porque aqui é Belo Horizonte."

Com essa apresentação, já se imagina como ela foi amável com seu público. Seu Pensamento é a próxima, sucedida de Mais Feliz. O que deu para perceber foi talvez o pouco conhecimento do cd novo. Como era de se esperar, músicas como Mais Feliz, Devolva-me e Vambora iriam ser os pontos altos da noite. Porém, alguns fãs mais ávidos se mostraram conhecedores assíduos de seu trabalho completo, cantando todas as músicas (uma garota atrás de mim confirma o que digo). O setlist seguiu com Asas, Para Lá, Teu Nome Mais Secreto, Vai Saber? e a esperada Esquadros, um dos pontos altos do show. A maravilhosa Mulher Sem Razão e Sem Saída, seguidas da Poética do Eremita, uma novidade para todos, e tocada no violoncelo. Arrepios. Agora o maior ponto alto do show definitivamente foi a seqüência que se seguiu: Devolva-me (que me fez derramar lágrimas), Fico Assim Sem Você (super animada, acompanhada de palmas), Um Dia Desses e Vambora. Essa que seria a primeira saída do palco. Era óbvio que ela voltaria, e dito e feito, a linda Porto Alegre (Nos Braços de Calipso), a aguardada Maresia e Quem Vem Pra Beira do Mar, outra surpresa, música de Dorival Caymmi. Novamente todos saem do palco, e, com o público já de pé, aplaudindo e fazendo coro, Adriana volta para tocar Meu Mundo e Nada Mais de Guilherme Arantes e outra surpresa, uma versão belíssima de Deixa o Verão. Sim, meus caros, Los Hermanos! Parece uma bela canção para fechar o show, e assim ela sái do palco, sem esperanças minha de que volte e cante algum sucesso antigo. Já querendo enfrentar a multidão que lotou o Grande Teatro, me vejo boquiaberta com o terceiro Bis da noite. Numa versão remixada de cair o queixo, o show finalmente é fechado com Mulher Sem Razão. E "Boa noite Belo Horizonte. Muito obrigada. E até a próxima. E até a volta. E até um dia. E até amanhã. Valeu".



Com o terceiro bis se confirma o carinho dessa grande cantora por Belo Horizonte. A cada nova música, confesso que arrepiava, fechava os olhos, e me sentia em outro lugar. Entrei em transe com Vambora, e chorei em Devolva-me. A única crítica que poderia ser feita era de elogios insistentes, como "gostosa"; já estava irritando. Fora isso, a banda estava em completa harmonia, a iluminação era perfeita, com tons de azul variando do claro ao escuro, e tons de verde-água, e ela, mais afinada e perfeita do que nunca. Não foi? Arrependa-se."

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por Tullio Dias, às 05:54


1 comentários:
Blogger Fla disse...

há!

eu tava lá ;D

26 de novembro de 2008 às 07:45  



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