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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O Hype do Futuro

Publicado em maio no Music Life

O Oasis se apresentou no país no começo do mês e foram tratados como verdadeiros deuses do rock. A Rolling Stone Brasil de Abril veio até com um encarte especial com informações da banda, a trajetória vitoriosa, os deslizes e as polêmicas. Mas até que ponto vale a pena endeusar uma banda? Principalmente se tratando da banda dos irmãos Gallagher. Estou ciente que toda a divulgação do show foi uma estratégia de mkt da produtora, que resolveu ser esperta e não depender exclusivamente do boca boca e do burburinho virtual.


Mentira seria dizer que odeio o som dos caras. Definitivamente eles tem canções geniais e excelentes letras, mas precisam estar inspirados. Até hoje não parei para ouvir o disco novo e dificilmente vou fazer isso. O Oasis não é modelo de respeito ou adulação. Mas vai falar isso com algum fã para você ver quantas pedradas por segundo vão chover na sua porta. E é assim com diversas bandas, quando o poder do hype fala alto demais e todo mundo passa a supervalorizar a obra.

Os Beatles são a banda mais supervalorizada de todos os tempos. O motivo? Poderia citar vários, mas só para ser coeso, o Oasis é o principal deles. Antes de qualquer comentário negativo, estou longe de dizer que o quarteto de Liverpool era um lixo. Não vou ignorar a importância que a banda tem e teve na música mundial (pô, eles entram fácil na lista de 5 personalidades mais influentes do mundo!). Sem falar no que Paul McCartney representou para a história do baixo no rock e as mensagens de paz de John Lennon. O que irrita é que 200 anos depois do fim da banda, ainda tem gente que ainda acha que eles foram os melhores do mundo. Não dá para lidar ou conversar com quem vive no passado. Pelo menos dá para aturar os fãs de Nirvana. A banda acabou só há 80 anos... Estão mais conservados que os adoradores de Pink Floyd (outros insuportáveis) e Led Zeppelin. Pior são os fãs de Los Hermanos que tratam a banda como se fossem os salvadores da música nacional e conseguem irritar até mesmo a parcela xiita dos beatlemaníacos que não gostam dos barbudos cariocas. Aliás, na maioria dos casos, é pré-requisito gostar de Beatles para ser fã de Beatles.

Me pergunto até quando as pessoas vão endeusar tanto certos ícones da música. Será que vamos conseguir chegar num ponto limite ou vamos simplesmente nos enchendo do mesmo prato com temperos diferentes? Veja o Arctic Monkeys por exemplo. O vocalista Alex Turner acha que é filho do John Lennon. Mas pelo menos eles buscam inovações na sonoridade, tanto que o terceiro disco tem a produção de Josh Homme (Queens of the Stone Age). Mas ainda assim, o Monkeys é uma vítima do hype. Parece que ninguém aprendeu que a música descarta seus ícones mais fracos. O efeito Britney Spears vai se repetir cedo ou tarde. Mas até lá, vamos conferir o que os novos deuses do rock tem a dizer.


por Tullio Dias, às 05:51


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