sexta-feira, 22 de maio de 2009
Depeche Mode e o Som do Universo
postado originalmente no Rock in Press
Recentemente estava conversando com o Rafael Savastano, responsável pelas melhores resenhas de Lost que já vi e dono da comunidade Muse Brasil, e comentei que pouco conhecida do Depeche Mode. Confessei que apenas "Enjoy the Silence" e "Personal Jesus" faziam parte do meu repertório e que estava curioso pelo show deles no segundo semestre. O Savastano elogiou a banda e acabei ficando mais interessado em saber mais sobre o som dos caras. O resultado foi que ouvi o excelente (e recente) disco The Sound of the Universe.
Com quase 30 anos de carreira, o Depeche Mode inspirou (e inspira até hoje) diversas bandas modernas como o Nine Inch Nails, Marilyn Manson, Deftones, Linkin Park, The Killers e praticamente qualquer banda que use sintetizadores ou tenha uma pegada mais eletrônica. Junto do New Order, é dos principais nomes da chamada eletro rock iniciada pelo Kraftwerk. Ou seja, são audição obrigatória para os fãs do gênero. O album The Sound of The Universe é o 12º da carreira recheada de altos e baixos, como toda banda que se preze.
Já disse que o Depeche Mode para mim era conhecido apenas por duas músicas, sendo que uma delas serviu de referência para o Muse compor a ótima Map of the Problematique (no disco Black Holes and Revelations de 2006). Mas a verdade é que preciso mudar meus conceitos e mergulhar urgentemente no universo da banda. O disco é muito bom! Desde a levada sensual de "In Chains" até "Corrupt", última faixa do cd. A primeira música de trabalho é "Wrong" e usa dos mesmos recursos que marcaram a sonoridade do Depeche Mode: os synths, os refrões dobrados. A verdade é que The Sound of the Universe é um disco para se ouvir com phones de ouvido e viajar. Literalmente. Quem dera se todo mundo soubesse usar a música eletrônica com tanto talento.
sábado, 16 de maio de 2009
Uns dizeres
Sabe o que eu acho? Eu acho que blog é moda para quem está fora da moda. Ser indie é ser diferente, e ao mesmo tempo a mesma merda de sempre. É a velha moda voltando, a toa. A música sempre foi a mesma. Inspirada naquelas guitarras de 80, 70 e 60, tem sempre alguém dizendo que foi o Elvis que o inspirou para escrever aquela balada dor-de-corno que você gamou. É tudo passado. E se for futuro, já foi moda no passado. Tudo isso que eu to dizendo, é só um encontro com a idéia de liberdade quando o 2tdias sem querer me esqueceu como colaborador desse blog. Azar o dele, vou postar a merda que eu quiser!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Não vejo Sam's Town...
Publicado originalmente no Rock in Press
Repetir o êxito não é tarefa fácil. Principalmente para uma banda que foi tão aclamada com o primeiro disco completo. Muita gente ainda considera o Hot Fuss como o melhor trabalho da trupe de Brandon Flowers, o que é perfeitamente compreensível, já que o disco tem faixas como "Jenny Was a Friend Of Mine", "Somebody Told Me" e o hit "Mrs. Brightside". O disco seguinte, Sam's Town, não agradou tanto como o primeiro (embora seja o favorito deste que vos escreve e de uma grande e crescente maioria), mas já apontava o caminho que o The Killers pretendia alcançar e que parece ter conseguido, com o lançamento do terceiro disco: Day and Age. O novo trabalho soa diferente de tudo que os norte-americanos do Killers já fizeram. Pode até parecer que Brandon Flowers está cantando com certa preguiça, mas é uma impressão que passa logo. Flowers está mais seguro e as músicas são mais seguras, mostrando o amadurecimento ao longo dos anos na estrada. A primeira música, "Losing Touch" , é um dos destaques do cd. E o primeiro choque. Se o single "Human" dava sinais do uso mais constante de efeitos sintetizadores e uma interminável riff de guitarra, dando indícios de que seria um disco feito para as baladas, apenas "Spaceman" e as duas faixas bonus: "Forget About i Said" e "A Crippling Blow", poderiam nos remeter aos discos anteriores e músicas como "Bones" e "When You Were Young".
Uma das novidades do disco é a faixa "Joyride", que lembra logo a época da Disco Music e artistas como Gloria Gaynor ("Its Rainning Man", entre outras) e Village People. Uma música gostosa e engraçada. Outro ponto alto é a música "A Dustland Fairytale". Mas fato é que a sonoridade do The Killers é outra. Tão diferente, mas a mesma de sempre. Evolução musical.
No fim das contas, assim como o Sam's Town, o Day And Age é um disco que precisa de tempo para ser completamente absorvido. Se é melhor ou pior que os outros, só o tempo dirá.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
oasis
Publicado originalmente no Portal Music Life
Não fui até a cidade maravilhosa para conferir a quarta apresentação do Oasis no Brasil. Fiquei no conforto da minha casa, sentado de frente para o computador, comendo pipoca e suco (não gosto tanto de cliches, vai...). Tudo bem que nada se compara ao calor humano e ficar de frente para uma parede sonora, mas o Oasis nunca figurou entre as bandas mais incríveis do meu top 5. Nem do top10, para ser sincero.
Na já distante época em que o Rock In Rio era no Rio de Janeiro, fiquei em casa e o mesmo canal que ofereceu a oportunidade de acompanhar o show do Oasis ontem, me deu a chance de apreciar o RiR 3 na integra. Todos os shows. Completinhos. Ao vivo. Já tinha uma paixão crescente pelo Silverchair, mas quem me fez babar mesmo foi o Guns N'Roses. Que show foi aquele? Mas antes deles, o Oasis tinha feito uma apresentação fodástica. Foi quando eu quase virei fã da banda. Sempre gostei mais das declarações dos irmãos Gallagher do que do som em si. Claro que existem músicas realmente boas como "Don't Look Back in Anger" , "Champagne Supernova", "Wonderwall" e a mais recente "The Importance of Being Idle", mas e daí? Será que a genialidade dos Gallagher é justificada por ter uma ou outra música muito boa? A banda é superestimada. E ao contrário do que dizem por aí, não são os fãs de Radiohead ou Coldplay que são (muito) chatos. Perto dos viciados em Oasis, até os fãs de Los Hermanos são legais.
Do conforto da minha casa, o que pude perceber é que economizei e fui espero em não ter viajado para ver ao vivo. O auge do show foi quando Noel Gallagher (claramente a coluna vertebral da banda) disse que estava na praia de Copacabana mais cedo e que o Cristo Redentor não estava no seu lugar normal, estava ali no palco. Então apontou para o tecladista, que realmente, era a cara da figura do Jesus que todo mundo é acostumado a ver. De resto, destaque para a bela execução de "Slide Away", uma das minhas favoritas da banda. A turnê continua, mas já passou por mim. Agora é esperar pelas granadas dos fãs...
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Silverchair gravando Emotion Sickness
Quem me conhece sabe que o meu amor pelo Silverchair está estampado até na pele. Hoje um amigo (o mesmo que me ajudou a criar uma resenha para o disco do Chris Cornell) mostrou o vídeo acima e eu pirei. A música "Emotion Sickness" entra fácil em qualquer lista, fazendo bonito junto de "Boemian Rhapsody" do Queen, "Butterflies and Hurricanes" do Muse, "Paranoid Android" do Radiohead e "Stairway to Heaven" do Led. Obrigatória para qualquer amante de boa música.
2t
vinícius
