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Publicado originalmente no Rock in Press
Há cerca de 10, 11 anos a MTV tocava exaustivamente o vídeo de uma bandinha com cortes de cabelo dos Beatles. A tal música tocou demais, mas demais mesmo, tanto que a banda sumiu. Irônico. Virou uma daquelas clássicas bandas de apenas um sucesso. Mas será que o Fastball não teve azar com o julgamento da grande mídia? Talvez.
Ontem (02/04) fui surpreendido com a notícia de que o novo disco da banda havia vazado. Não sei se me surpreendi mais em saber que o Fastball ainda existia (será que conservam os mesmos cortes de cabelo?) ou em saber do novo trabalho. O cheFÍ (HAHAHA) me fez a gentileza de enviar o link e baixei sem medo. O resultado final foi bastante agradável. A sonoridade lembra um pouco a época do sucesso de "The Way", mas não dão sinais de terem ficado estacionados no tempo (talvez os cabelos, mas não procurei saber disso ainda). O album Little White Lies é indicado para aqueles que gostam de sons tranquilos e que não incomodam enquanto você esquenta a cabeça com sua monografia (eu) ou algo do tipo.
O single "Little White Lies" é daquelas músicas que entrariam fácil no set de uma festa como a On Fire. É dançante e fácil. O powerpop do grupo se volta para o indie rock e o resultado foi bastante eficiente. Outro destaque é a balada "How Did I Get Here?" e "White Noise".
Em resumo, pouca importa se o corte de cabelo continua igual: o importante é que o Fastball é uma banda que merece atenção e fez um álbum bem divertido. Considerando que ouvi poucos discos em 2009, acho que dá para encaixar ele num top 5 com os discos foderosos do U2 e do Franz Ferdinand. O CheFí pode não concordar, mas é a vida...
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Rock clássico com pitadas de alternativo. Nunca tinha ouvido a banda antes e aceitei o desafio de resenhar o album novo, o recém lançado Farm. O nono trabalho de estúdio dos caras é bem interessante. Cansativo para quem não gosta de rock clássico, solos punhetantes e timbres dos anos 80. Prato cheio para os fãs do estilo. Não é o meu caso.
A faixa "Plans" é o grande destaque e eu realmente fico curioso em conferir uma apresentação ao vivo do trio norteamericano. Com certeza devem ter um guitarrista convidado de tanto que os solos são presentes nas faixas. O refrão da canção é grudento, uma boa balada que me lembrou o som do Gomez. Mas o solo eterno acaba diminuindo o t esão da música. Triste.
O single "Over It" tem uma das pegadas mais agressivas do album. O wah wah na introdução da guitarra ficou irado e é a primeira riff de guitarra que não soa cansativa e ultrapassada. Agitada e empolgante. Totalmente de acordo com o chamado rock alternativo de garagem. Imagino essa música fácil em qualquer filme do Kevin Smith. Tem espaço até para uma pegada mais hardcore, como na música "There's No Here".
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